Popularizada na década de 1980, a inteligência emocional tomou conta dos temas ligados à liderança, coaching, RH, chegando ao dia a dia das pessoas, nos relacionamentos, clubes sociais, igrejas e grupos de amigos.
Foi Daniel Goleman, doutorado em Psicologia pela Universidade de Harvard, que depois de 12 anos à frente da editoria de Ciência do The New York Times, escrevendo sobre comportamento humano, resolveu escrever algo diferente, criou o best-seller Inteligência Emocional e passou a fazer palestras em todo o mundo.
Hoje, quando boa parte dos temas gera uma grande polarização e, boa parte exige que a sua opinião e comportamento sejam aprovados, principalmente nas redes sociais, entender a inteligência emocional, passou a ser estratégico para o dia a dia.
O QE X QI
Criado em 1912, pelo psicólogo alemão Wilhelm Stern (1871-1938), termo quociente de inteligência – “QI”, é usado para representar o nível mental das pessoas. Para apoiar sua tese criou ainda os termos “idade cronológica” e “idade mental”.
Quem frequentou os bancos escolares no primeiros 80 anos do século XX, certamente passou pelo teste de QI. Muitas crianças, em todo o mundo, foram rotuladas de gênios ou limitadas intelectualmente, com base nesse método.
Goleman, mexeu em todos esses conceitos quando afirmou em seu livro que o QI (quociente intelectual) representa apenas 20% das aptidões necessárias para se tornar uma pessoa bem sucedida e que os outros 80% vêm do QE – quociente emocional, que reúne diferentes fatores.
As bases da IE
O autor apontou também que a Inteligência Emocional está apoiada em quatro pilares, que são:
- autoconhecimento
- gestão das emoções
- empatia
- sociabilidade.
São pilares que se complementam e são indissociáveis. Sem autoconhecimento não é possível entender e equilibrar emoções e tampouco ser empático e sociável, principalmente em momentos críticos, onde a inteligência emocional é sempre necessária.
É tempo de administrar as emoções
Três décadas depois do lançamento do best-seller, a inteligência emocional continua sendo muito importante para os relacionamentos profissionais e pessoais.
Pesquisa da consultoria internacional TalentSmart aponta que 90% dos casos de demissão e 58% do desempenho de qualquer profissional estão relacionados a IE.
Controlar as emoções em situações críticas, entender as reações alheias durante esses momentos e, desta forma, conseguir tomar a melhor decisão são desafios constantes para líderes de equipes, mas também, para qualquer pessoa que esteja em convívio social, como mães, pais, avós, irmãos e filhos.
Sabemos que só é possível controlar aquilo que conhecemos, assim, com o auxílio dos 4 pilares, líderes e colaboradores podem aprender a gerenciar suas próprias emoções.
E esse lidar com as emoções está ligado diretamente àquelas que nos deixam estressados ou incapacitados, momentaneamente, de tomar uma decisão racional. Devemos ter em mente que são as emoções e as formas de senti-las que tornam nossa vida mais rica e desafiadora.
Deixo uma frase de Daniel Goleman para reflexão do leitor:
“As pessoas com altos níveis de esperança têm certos traços comuns, entre eles o poder de se auto motivar, e sentir-se com recursos suficientes para encontrar meios de atingir os seus objetivos, ter flexibilidade bastante para encontrar meios diferentes de chegar às metas, e ter o senso de decompor uma tarefa formidável em outras menores, mais manejáveis.”